terça-feira, 12 de novembro de 2013

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

IT'S A HARD LIFE / É UMA VIDA DIFÍCIL

É Uma Vida Difícil


Não quero minha liberdade,
Não há motivo pra viver com um coração partido

É uma situação delicada,
Só tenho a mim pra responsabilizar,
É um simples fato da vida,
Pode acontecer a qualquer um

Ganhando ou perdendo
É um risco que você se deve correr com amor.
Oh sim, eu me apaixonei,
Mas agora você diz que tudo acabou e eu estou caindo aos pedaços

Sim, sim, É uma vida dura
Ser juntos, amantes de verdade
Para amar e viver pra sempre no coração um do outro...
É uma longa e árdua luta,
Aprender a se importar um com o outro,
Confiar um no outro desde o começo,
Quando se está apaixonado.

Tento consertar as peças quebradas,
Ooh Eu tento lutar contra as lágrimas
Ooh Dizem que é apenas invenção da mente,
Mas isso acontece com todo mundo

Como dói (sim), lá no fundo, (oh sim)
Quando seu amor baixa a sua crista
A vida é difícil quando se está só:
Agora eu estou esperando alguma coisa cair do céu
Eu estou esperando amor!

Sim, é uma vida dura
Ser juntos, dois amantes.
Para amar e viver pra sempre no coração um do outro...
É uma longa e árdua luta,
Para aprender a cuidar um ao outro
Para confiar um no outro desde o início
Quando você está apaixonado

Sim, é uma vida dura!
Num mundo cheio de tristezas,
Há pessoas caçando o amor de todas as formas
É uma longa e árdua luta,
Mas hei de viver sempre para o amanhã,
Voltarei os olhos pra mim mesmo e direi que fiz tudo por amor... (ooh)
Sim, eu fiz isso por amor - o amor - oh, eu fiz isso

(Queen - It's a Hard Life - Tradução)

sábado, 12 de fevereiro de 2011

O FILHO QUE EU QUERO TER

É comum a gente sonhar, eu sei, quando vem o entardecer
Pois eu também dei de sonhar um sonho lindo de morrer
Vejo um berço e nele eu me debruçar com o pranto a me correr
E assim chorando acalentar o filho que eu quero ter
Dorme, meu pequenininho, dorme que a noite já vem
Teu pai está muito sozinho de tanto amor que ele tem

De repente eu vejo se transformar num menino igual à mim
Que vem correndo me beijar quando eu chegar lá de onde eu vim
Um menino sempre a me perguntar um porque que não tem fim
Um filho a quem só queira bem e a quem só diga que sim
Dorme menino levado, dorme que a vida já vem
Teu pai está muito cansado de tanta dor que ele tem

Quando a vida enfim me quiser levar pelo tanto que me deu
Sentir-lhe a barba me roçar no derradeiro bei..jo seu
E ao sentir também sua mão vedar meu olhar dos olhos seus
Ouvir-lhe a voz a me embalar num acalanto de adeus
Dorme meu pai sem cuidado, dorme que ao entardecer
Teu filho sonha acordado, com o filho que ele quer Ter.
(Toquinho/ Vinicius de Moraes)


 

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Fazer 30 anos

Quando alguém faz 30 anos, não creiam que seja uma coisa fácil. Não é simplesmente, como num jogo de amarelinha, pular da casa dos 29 para a dos 30 saltitantemente. Fazer 30 anos é cair numa epifania. Fazer 30 anos é como ir à Europa pela primeira vez. Fazer 30 anos é como o mineiro vê pela primeira vez o mar.
Um dia eu fiz 30 anos. Estava ali no estrangeiro, estranho em toda a estranheza do ser, à beira-mar, na Califórnia. Era um homem e seus trinta anos. Mais que isto: um homem e seus trinta amos. Um homem e seus trinta corpos, como os anéis de um tronco, cheio de eus e nós, arborizado, arborizando, ao sol e a sós.
Na verdade, fazer 30 anos não é para qualquer um. Fazer 30 anos é, de repente, descobrir-se no tempo. Antes, vive-se no espaço. Viver no espaço é mais fácil e deslizante. É mais corporal e objetivo. Pode-se patinar e esquiar amplamente.
Mas fazer 30 anos é como sair do espaço e penetrar no tempo. E penetrar no tempo é mister de grande responsabilidade. É descobrir outra dimensão além dos dedos da mão. É como se algo mais denso se tivesse criado sob a couraça da casca. Algo, no entanto, mais tênue que uma membrana. Algo como um centro, às vezes móvel, é verdade, mas um centro de dor colorido. Algo mais que uma nebulosa, algo assim pulsante que se entreabrisse em sementes.
Aos 30 já se aprendeu os limites da ilha, já se sabe de onde sopram os tufões e, como o náufrago que se salva, é hora de se autocartografar. Já se sabe que um tempo em nós destila, que no tempo nos deslocamos, que no tempo a gente se dilui e se dilema. Fazer 30 anos é como uma pedra que já não precisa exibir preciosidade, porque já não cabe em preços. É como a ave que canta, não para se denunciar, senão para amanhecer.
Fazer 30 anos é passar da reta à curva. Fazer 30 anos é passar da quantidade à qualidade. Fazer 30 anos é passar do espaço ao tempo. É quando se operam maravilhas como a um cego em Jericó.
Fazer 30 anos é mais do que chegar ao primeiro grande patamar. É mais que poder olhar pra trás. Chegar aos 30 é hora de se abismar. Por isto é necessário ter asas, e sobre o abismo voar.

Affonso Romano de Sant'Anna

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Simplicidade

Vai diminuindo a cidade
Vai aumentando a simpatia
Quanto menor a casinha
Mais sincero o bom dia
Mais mole a cama em que durmo
Mais duro o chão que eu piso
Tem água limpa na pia
Tem dente a mais no sorriso
Busquei felicidade
Encontrei foi Maria
Ela, pinga e farinha
E eu sentindo alegria
Café tá quente no fogo
Barriga não tá vazia
Quanto mais simplicidade
Melhor o nascer do dia

(John - Interpretação Pato Fu)



sábado, 20 de novembro de 2010

Ando devagar... Pois já tive pressa...

... Conta-se que num dia qualquer, Almir Sater estava em São Paulo para uma temporada e desceu do seu apartamento para tomar um cafezinho num mercado ali perto. Chegando ao destino, encontrou Renato Teixeira que o convidou para experimentar uma viola nova que acabara de comprar.
Enquanto tomavam café, Almir dedilhou a viola e soltou... "Ando devagar"... ao que Renato emendou... "porque já tive pressa".
Dizem que essa maravilha ficou pronta em 10 minutos. Um dia alguém perguntou ao Almir como essa música fora feita e ele respondeu...
"Ela estava pronta... Deus apenas esperou que eu e o Renato nos encontrássemos para mostrá-la pra gente".
Não sei se isso é lenda ou é verdade... tanto faz.
Mas música e letra são realmente espetaculares... uma jóia rara, feita num raro momento de inspiração.
Então espero que após ouvirmos, possamos aplicar esses ensinamentos dentro da nossa correria do dia a dia.
Porque às vezes precisamos mesmo andar devagar, porque não adianta ter pressa...